Vale a pena somente investir nos grandes?
Gostaria de comentar um artigo que foi publicado hoje na seção "Tendências e Debates" da Folha de S.Paulo hoje, 15/09/2008, no qual o Prof. César Cerqueira Leite faz uma interessante comparação entre os desenvolvimentos tecnológicos da cerâmica que houve por volta do ano de 960-1270 d.C., da bomba atômica durante o projeto Manhattan, durante a Segunda Guerra Mundial e a indústria de semicondutores no Vale do Silício, a partir dos anos 70, na Califórnia - EUA.
Segundo o Prof. Leite o que estas situações tem em comum é que quando há uma concentração de talentos que possam competir entre si, ocorre um desenvolvimento muito mais rápido do que quando estes estão espalhados. Ele chama isso de "Efeito Medici", que não tem nada haver com o nosso antigo presidente do período militar, mas sim com a família Medici que viveu na época do Renascimento na Itália, pois bancavam diversos poetas e artistas o que permitia a existência de uma "massa crítica" para incentivar a produção de conhecimento.
Considero que há uma certa razão no comentário do Prof. Leite, pois sem dúvida trabalhar isoladamente dificilmente consegue-se fazer contribuições importantes, principalmente quando se fala em pesquisa experimental. Entretanto, não concordo com o ponto de vista no qual ele critíca que no Brasil apenas se pulviriza dinheiro público para pesquisa e pouco se investe na concentração de grande grupos. O grande problema é que no Brasil há muitas diferenças regionais entre as instituições de pesquisas. Além disso, há carência da cultura de pesquisa em muitas nas universidades brasileiras (principalmente as particulares). Existem também grandes grupos de pesquisas que sempre levam recursos em todos os editais (até no Universal do CNPq).
Eu acho que deve haver um equilíbrio, pois por meio de pequenas contribuições se formam também pesquisadores e se estabelece uma cultura de investigação. Criando-se ambiente de pesquisa com esse tipo de investimento pode-se atingir a massa crítica para se fazer vôos mais altos.
Para assinantes da Folha e do Uol pode-se assessar o artigo do Prof. Leite nesse endereço
Segundo o Prof. Leite o que estas situações tem em comum é que quando há uma concentração de talentos que possam competir entre si, ocorre um desenvolvimento muito mais rápido do que quando estes estão espalhados. Ele chama isso de "Efeito Medici", que não tem nada haver com o nosso antigo presidente do período militar, mas sim com a família Medici que viveu na época do Renascimento na Itália, pois bancavam diversos poetas e artistas o que permitia a existência de uma "massa crítica" para incentivar a produção de conhecimento.
Considero que há uma certa razão no comentário do Prof. Leite, pois sem dúvida trabalhar isoladamente dificilmente consegue-se fazer contribuições importantes, principalmente quando se fala em pesquisa experimental. Entretanto, não concordo com o ponto de vista no qual ele critíca que no Brasil apenas se pulviriza dinheiro público para pesquisa e pouco se investe na concentração de grande grupos. O grande problema é que no Brasil há muitas diferenças regionais entre as instituições de pesquisas. Além disso, há carência da cultura de pesquisa em muitas nas universidades brasileiras (principalmente as particulares). Existem também grandes grupos de pesquisas que sempre levam recursos em todos os editais (até no Universal do CNPq).
Eu acho que deve haver um equilíbrio, pois por meio de pequenas contribuições se formam também pesquisadores e se estabelece uma cultura de investigação. Criando-se ambiente de pesquisa com esse tipo de investimento pode-se atingir a massa crítica para se fazer vôos mais altos.
Para assinantes da Folha e do Uol pode-se assessar o artigo do Prof. Leite nesse endereço
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